quarta-feira, 3 de junho de 2009

Bipolar

Fazia muito tempo que isso não acontecia. 2 anos e meio.
Mas parece que a última vez foi ontem. Lembro tão bem... é engraçado como a gente se autoconhece, e nem se dá conta. E lá vem as neuras de Bárbara perdidas no tempo...
Odeio "encasquetar" com uma idéia fixa na cabeça e passar a fazer/não fazer coisas em função disso. O que parece difícil. É isso que mexe comigo. Desafio.


Quando tudo parece estar calmo - minha alma - algo vem de longe, de forma tão simples e me faz voltar a pensar em coisas que se foram, que eu perdi/ quis perder, e achei que tinha deixado partir. Mágoas surgem no meio da conversa, sensações de perda de autoestima misturadas com orgulho ferido (sim, agora vejo que era isso mesmo) e perda de "propriedade".
Não é bom pensar que algo que você desejasse que estivesse em apuros esteja são e salvo, bem, tranquilo. Mas também, do jeito que tanta coisa foi construída à base de mentiras, não é difícil que isso também seja mais uma de suas inúmeras máscaras.
Uma forma interessante de tentar tirar algo que você quer da cabeça, é pensar nas coisas mais ruins possíves sobre essa tal coisa. Funciona. Mas é um método a longo prazo. Nietzsche já dizia isso há mais de cem anos. Lá vem aquele clichê de "o tempo cura/ resolve tudo". Esse deve ser um dos clichês mais verdadeiros que eu já ouvi.

Eu quero parar de pensar de pensar nesses dois assuntos e ficar bem comigo. Com a alma tranquila.

3 comentários:

Vermmellha disse...

Eu também "encasquetei" na quarta-feira, dia 03. Coisas que não deveriam voltar, voltaram, à minha revelia. O inferno e o caos tentando reinar mais uma vez.
Eu corri o máximo que pude, até cair exausta no chão, as pernas tremendo. E quando levantei, tinha um sorriso zombeteiro a me espreitar.
Não reencontrei a paz, mas consegui parar de pensar naquilo tudo. E ganhei uma boa noite de sono, finalmente.
Odeio a idéia do tempo curando tudo. E odeio ter de admitir que é verdade.

Eras, também tô "te gostando" por demais... :p

Renata Brabo disse...

Nhá, não pensa, vai tomar um banho de chuva ou pegar um vento no rosto. Vai atrás de coisas que mostrem que estás viva. Nada melhor do que se sentir vivo, no sentido mais literal da palavra.

Beijo, minha bipolarzinha =*

Rafael Oliveira disse...

Eu poderia dizer que entendo e que passei por isso muitas vezes, mas o que procuramos sempre vem acompanhado de uma causa/efeito.

Haveria solução pra tudo?
Seria eu a pessoa a lhe falar coisas do tipo?
Nem sei.

Talvez estejamos fora de órbita por algum tempo, e isso nos confortará, talvez o mundo gire pra nos deixar tontos e desligados, talvez haja resposta em algum lugar que ainda desconhecemos, talvez seja necessário raiva para nos forçar a esquecer ou quem sabe somente um drink de alguma bebida forte que nos derrube.

Seria o tempo o remédio?
Ou seria o tempo o abismo que nos olha novamente enquanto o observamos?
Seria o tempo, o monstro que através do convívio nos tornaria um monstro também?
Esperamos que sim...

Se ainda não morreu é porque ainda vive, se ainda caminhas é porque ainda tem pernas, se podes fugir é porque ainda tem saída, se ainda não está vendo as coisas em formas turvas é porque ainda não está na hora de voltar pra casa, enquanto houver maquiagem e a noite continuar lá fora haverá razão em estar livre, você está viva, viva.


Eu conheço uma canção que diz algo do tipo e acho que é trilha sonora de Platoon...